"Corre!..."
Corria sem parar. As lembranças latejavam. Imagens intermitentes do que fora. Do que era. Do que podia ser.
Do que não podia ser.
Tinha de lá chegar.
As árvores pareciam fugir, desviarem-se do seu caminho. Pareciam incentivá-la.
Passava pelos arbustos. Pisando galhos, escorregando, tropeçando. Os tornozelos em sangue, arranhados. O cabelo solto, ondulando.
Avistou a sua meta. Já ouvia o mar a bater nas rochas. Já ouvia as gaivotas, voando e gritando, como que exigindo a sua próxima refeição. (Seria, então, como elas.)
Num último esforço, aumentou a velocidade, como que para criar impulso.
Tinha de conseguir.
De repente parou. Mesmo no limite. Para saborear a sua libertação.
Olhou as rochas, em baixo. Olhou o mar, em frente. Este seria a sua nova casa. Sempre o fora a casa da sua alma. Agora seria também a do corpo.
Pôs-se em bicos de pés. Abriu os braços.
Fechou os olhos. Susteve a respiração.
Deixou-se ir.
Era livre.

Este é um excerto de um "conto" que eu ando a escrever, ou pelo menos, a tentar acabar. No "A noite em mim" está outro excerto pertencente à mesma história de momento estou a tentar ligá-los. Quando acabar, ou melhor, se acabar escrevo o conto completo aqui.
Por favor comentem. Dêem sugestões. Gosto de saber a vossa opinião.
Do que não podia ser.
Tinha de lá chegar.
As árvores pareciam fugir, desviarem-se do seu caminho. Pareciam incentivá-la.
Passava pelos arbustos. Pisando galhos, escorregando, tropeçando. Os tornozelos em sangue, arranhados. O cabelo solto, ondulando.
Avistou a sua meta. Já ouvia o mar a bater nas rochas. Já ouvia as gaivotas, voando e gritando, como que exigindo a sua próxima refeição. (Seria, então, como elas.)
Num último esforço, aumentou a velocidade, como que para criar impulso.
Tinha de conseguir.
De repente parou. Mesmo no limite. Para saborear a sua libertação.
Olhou as rochas, em baixo. Olhou o mar, em frente. Este seria a sua nova casa. Sempre o fora a casa da sua alma. Agora seria também a do corpo.
Pôs-se em bicos de pés. Abriu os braços.
Fechou os olhos. Susteve a respiração.
Deixou-se ir.
Era livre.

Este é um excerto de um "conto" que eu ando a escrever, ou pelo menos, a tentar acabar. No "A noite em mim" está outro excerto pertencente à mesma história de momento estou a tentar ligá-los. Quando acabar, ou melhor, se acabar escrevo o conto completo aqui.
Por favor comentem. Dêem sugestões. Gosto de saber a vossa opinião.
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